sábado, 28 de janeiro de 2012

Mais uma novidade do Daniel Boulud e só custa 24 dólares.

Dia 16 de janeiro começou a Restaurant Week e já fazia tempo que estava de olho no novo empreendimento do Daniel Boulud. Como o seu império já conquistou os ricaços do Upper East Side faz tempo, agora é a vez do Upper West Side, mas precisamente no quarteirão da rua 64 com a Broadway. O Bar Bould está coladinho a Epicerie Boulud. Mas estava faltando um restaurante mais refinado pra galera ir antes dos concertos no Lincoln Center.
O Boulud Sud é um restaurante de cozinha mediterrânea com sabores do Sul da França, Itália, Grécia, Espanha, Norte da África e Turquia de acordo com descrição no site do restaurante.


Achei o salão um pouco corporativo e um tantinho frio. Mas a hostess super gentil e o serviço sempre impecável. Garçon atencioso, com o menu na ponta da língua e sempre atento sem ser chato ou intrometido.


A comida estava impecável. Pães fresquinhos pra começar a refeição. Com azeite, alho fresco e alecrim.


 De entrada pedimos lulas à la plancha. Veio no ponto certinho, macia com um molho de azeitonas pretas e salsinha e um pouquinho de pasta fregola e uma saladinha.



O prato principal foi tipicamente marroquino. Frango com couscous e berinjela. Temperado com sumac, canela e raspas de limão. A pele super crocante com um molhinho pra umedecer o couscous.


De sobremesa uma mistura de sorbet de grapefruit com mousse de gergelim e halva. Uma sobremesa franco-árabe  com certeza. O ácido do grapefruit cortava a untuosidade da halva e do gergelim. A casquinha meio adocicada pra quebrar com a colher e ir misturando aos poucos. Quase um brulee.


Na minha opinião o  Daniel Boulud mais uma vez acertou em cheio. Uma viagem de sabores pelo Mediterrâneo. O menu do jantar é mais elaborado e claro mais carinho.
Mas na Restaurante Week no almoço tudo isso saí por 24,07 dólares mais impostos e gorjeta. A carta de vinhos tem preços a partir de 9 dólares.

Boulud Sud
20 West 64th street esquina com a Broadway.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Quatro rodas em Manhattan

Depois de ter morado anos na Flórida, ser assídua frequentadora dos Costcos e Sam's Clubs da vida e ter papel higiênico e sabão para lavar roupa em quantidades para sobreviver um armageddon, a mudança para Nova York trouxe uma mudança radical nos meu hábitos de consumo.

Com tempo aprendi que só posso comprar o que aguento carregar e que pegar ônibus ou metrô cheia de sacolas incita ataques de fúria nos novayorkinos. E que ir para a Ikea usando transporte coletivo leva quase um dia inteiro.
Nessa horas ter um carro faz uma falta. Mas o preço do metro quadrado por aqui não é brincadeira e isso se estende ao preço do estacionamento. A mensalidade gira em torno de 400 - 600 dólares. Então ter carro por aqui só pra quem faz parte do grupo do 1%. O resto da população que faz parte dos 99% se vira como pode.

Estacionar na rua requer paciência de monge tibetano para poder entender todas as regras. Como a cidade limpa as ruas duas vezes por semana, por algumas horas do dia carros estacionados na calçada tem que ser removidos para os caminhões varredores limparem o meio fio. O stress que é ter um carro nessa cidade é fielmente reproduzido no filme Motherhood com a Uma Thurman.

Já faz alguns anos que o sistema de car sharing foi introduzido pela Zipcar. Você aluga o carro por um tempo determinado (mínimo de 1 hora) e paga por hora. O seguro e a gasolina já estão incluídos.
Mas o serviço que eu tenho utilizado com uma certa frequência usa o mesmo conceito do Zipcar. Ano passado a Hertz entrou meio atrasada nesse nicho de mercado, mas com o poder que tem já espalhou centenas de carros pela cidade. O nome dessa empreitada é Hertz On Demand. Funciona da mesma maneira que o Zipcar. O gama de carros é imensa. Vai desde o Fiat 500, passando por Smart Cars, carros elétricos, Mercedes, Volvo até Escalade híbrido.


Mas o fator que mais me agradou foi o preço. Pelo Fiat 500 o preço fixo é de 5 dólares por hora com seguro e gasolina incluídos. Além  do preço, a comodidade de ter o carro disponível em duas garagens a menos de 1 quarteirão de casa fez a diferença na hora da escolha.

A reserva é feita pelo site ou pelo aplicativo do Iphone. E é só chegar na garagem, mostrar o cartão para o manobrista e em alguns minutos seu carro está a sua disposição.


Existem algumas diferenças em relação aos carros alugados, muitas vezes o carro não está limpo - dai a diferença no preço. E ás vezes tem gente que não deixa o tanque cheio, apesar de estar no contrato. Mas como a gasolina já está incluída no preço, é só ir ao posto mais proximo e encher o tanque com um cartão pré pago que sempre está no pára sol do carro.

Acho que encontrei a solução perfeita para aquelas viagens a Ikea e pra matar a saudades do Costco....

O serviço só está disponível para residentes nos Estados Unidos mas a Hertz on Demand já está espalhada por várias cidades.